terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Lisboa...Barcelona

"Lisboa é essa flor em que o destino nos transformou; o Tejo, o rio onde nos perdemos a comtemplar a própria imagem." Miguel Torga, in "Portugal".

Também Barcelona corre esse risco.
Qual narciso, enamorado de si.
Reflexo mediterrânico.
Em vias de se perder na sua própria contemplação.

Os sinais estão presentes. Crescem.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

The Rebirth of a Nation

A Exposiçao "The rebirth of a nation: gráfica de propaganda en Vietnam desde los años 60 hasta finales del siglo XX", na Casa Ásia de BCN, é uma referência ao cartaz político vietnamita.

Curioso, como a qualidade gráfica posta ao serviço da política (de uma política), poude obter tao bons resultados estéticos. Uma estética expressionista e sendo manifestamente manipulativa.

Os totalitarismos, todos, sempre se apoiaram numa cultura de regime, para conseguirem divulgar a "mensagem" - propaganda.

"Culturas de regime"...sociedades fechadas de ontem... "gosto dominante"...sociedades abertas e evoluídas contemporâneas... "culturas múltiplas" ou "mono-culturas abertas a influências globais"... sociedades cosmopolitas...


































Gracias a CM, pelo tm que permitiu as imagens.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

INÉRCIA INSTITUCIONAL

No outro dia, o meu amigo Tiago Trigueiros "ofereceu-me" uma citaçao do Robert Adam, que escutou no encontro do CEU (Council for European Urbanism) desta vez sobre "Sustainable Urbanism for Waterfront Developments".

Dizia: "institutional inertia causes land value to decrease and therefore the final solution to be worst".

Imediatamente, nesta cabeça de banda-desenhada, pensei: há que comentar, HÁ QUE COMENTAR!

A INÉRCIA INSTITUCIONAL:
1. É um clássico instrumento de manipulaçao do(s) mercado(s) e de corrupçao.
2. Cria dificuldades para vender/ceder facilidades.
3. Nao promove concorrência, promove monopólio, preços altos e má qualidade de serviço.
4. Gera incumprimento, que gera insegurança jurídica, que gera contratos por cumprir, que gera prazos aleatórios, que gera perca de produtividade e de riqueza.
5. Nao cria riqueza e nao a distribui pela cadeia de produçao, senao pelos monopolistas.

Nao querendo relembrar o "Principe" do Maquiavel, quantas vezes ouvimos, da boca dos democráticamente eleitos: "nem mais um metro quadrado de betao", "vamos combater a corrupçao", etc.


O que é, é!
Quem é, é!
O que nao é, nao é!
Quem nao é, nao é!
Por isso, penso sempre: porquê tanto alarde?

A mediocridade e o medo, geram o clássico ódio, às pessoas, às famílias, às empresas, ao meio-ambiente e ao desenvolvimento (sustentável, porque até ao momento nao se conhece outro).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Os Prazos em Cidade Contam...

No passado dia 04.12.07, entregámos um projecto de reforma total, de arquitectura, de um equipamento de saúde de um promotor privado (uma fundaçao) no "Ajuntament de Barcelona". Era proposta a alteraçao do espaco público, das fachadas, dos interiores, sendo aproveitada exclusivamente a estrutura.

Sete dias depois, 5 dias úteis depois...

No dia 11.12.07. recebemos um telefonema do "Ajuntament", que nos informava que tinham enviado por correio a autorizaçao para procedermos ao levantamento da respectiva licença de obras.


Sorte? escrupuloso cumprimento da legislaçao? boa vontade da administraçao? excelencia de procedimentos?... Recordo, que trabalhei três anos NOUTRA administraçao (municipal portuguesa), e as perguntas tinham, tendencialmente um tom diferente: azar? incumprimento da legislaçao? má vontade da administraçao, borucracia obsuleta?...

Os prazos em cidade contam. Oferecem segurança jurídica e dos contratos e ajundam a desenvolver as sociedades, as empresas, as famílias e as pessoas.










quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

BCN consome Cultura Lusa

Em BCN consome-se Cultura Lusa.
Ou melhor interpretaçoes de Cultura Lusa.
Ou melhor divulga-se a Cultura Lusa.

O Carlos Saura (curioso como a alguns se pode tratar por tu), depois de Tango (1997) e Flamenco (1995) tem em exibiçao a sua nova "película": FADOS (2007). É uma antologia desta, nem sempre, triste cançao. Explica do seu ponto de vista os clássicos, as influências -oferecidas e recibidas, a actualidade, abre a porta ao futuro.

...E o Caetano a cantar em português sem sotaque é obra, como o Marceneiro, a Amália, as desgarradas, apontamentos vadios que, como o mundo, nao se compadecem com regulamentos administrativos. A ver, a comprar o CD e a escutar muitas vezes.

Como diria o Prof. Doutor Eng. Joao Guterres: um orgasmo intelectual.

Por outro lado, na CAIXAFORUM (equipamento cultural GRATUITO da Fundaçao La Caixa) é apresentada a exposiçao: "Candida Höffer em Portugal".

Depois do C.C. de Belém, BCN recebe um presente interpretativo dos interiores de salas de espectáculos, palácios, museus, mercados...portugueses.

Curiosamente a organizaçao desta exposiçao, pela Fundaçao de Arte Moderna e Arte Contemporânea-Colecçao Berardo, a Fundaçao Centro Cultural de Belém e a Fundaçao La Caixa, chega a BCN com um preço mais atractivo que o que teve em Lisboa:"0€". Bom. Também curiosamente, o sucesso é enorme.

Há gente. No cinema, nas exposiçoes e na Casa Portuguesa -
http://www.acasaportuguesa.com (em crescente mixegenaçao de povos, de culturas e de consumidores. É que o Galo de Barcelos é muito FORTE).

Flash Flash Tortilleria


Para quem é de cá.

Para quem cá está.

Para quem cá esteve.

Para quem cá estiver.









Ainda quarta-feira lá estivemos.
http://www.flashflashtortilleria.com/castellano/index.html

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A Cidade é um Chao de Palavras Pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

José Carlos Ary dos Santos

Passou muito pouco tempo desde que enviei "A cidade é um chão de palavras pisadas" à -provavelmente- melhor Blogger portuguesa.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

http://www.thestartracker.com

Vale a pena espreitar. Iniciativa com iniciativa. Para a diáspora portuguesa.

IMPORTAR HABITANTES PARA A CIDADE

Ao Mestre CLF. Desenvolvimento de uma conversa.

Sonho com o dia em que o trajecto será o inverso.

Nesse dia em que o desenvolvimento sustentável for um facto (sociedade, economia, ecologia e responsabilidade social), talvez Lisboa seja uma cidade de verdade. Uma cidade com gente. Habitantes. Visitantes. Ideias. Cosmopolita.
Por enquanto (basta ver dados do INE), definha ao segundo. Exporta habitantes, famílias e empresas para a Grande Lisboa.

O que apesar de tudo, é normal. A nossa vontade é ir passar o fim de semana à Terra (escrevo propositadamente com maiúscula) e tratar da horta.

A Terra é a maior aglomeraçao nacional. Salvaterra, Cartaxo, Mogadouro, Estremoz...

Sao raízes tao fortes (embora algumas tao recentes que cospem novo-riquismo), tao tentaculares...

O presidente desta câmara (CML), nao mora na cidade, nem no município. Nao faz mal nenhum. Nao fazem mal nenhum as fotografias de estendais. É mau jornalismo, concerteza.

O que faz MUITO mal, sao programas estratégicos em que se promovem as "zebras/passadeiras de peoes" ao invés de IMPORTAR HABITANTES PARA A CIDADE.